Na quinta-feira, os eurodeputados concordaram com a adoção de uma proposta feira pela Comissão de Assuntos Jurídicos para levantar a imunidades destes dois parlamentares.
Este é o penúltimo passo no procedimento iniciado em janeiro. Segue-se a comunicação formal ao italiano Cozzolino e ao belga Tarabella e às autoridades da Bélgica que estão a investigar o escândalo de corrupção que começou com a queda da vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili.
Os dois eurodeputados estão a ser investigados no processo aberto pelas alegadas tentativas do Qatar, e alegadamente também de Marrocos, de influenciar decisões das instituições europeias a seu favor mediante o pagamento de subornos a eurodeputados e funcionários do Parlamento Europeu.
No âmbito desta investigação, já existem quatro arguidos que se encontram em prisão preventiva desde finais de dezembro acusados de pertencerem a uma organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais, entre os quais a vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, que foi demitida das suas funções na instituição depois da detenção.
A par de Kaili, estão envolvidos no processo e presos na Bélgica o seu assessor e companheiro Francesco Giorgi, o dirigente da organização não-governamental (ONG) "No Peace Without Justice" Niccolo Figa-Talamanca e o ex-eurodeputado Pier Antonio Panzeri.
A investigação conduzida pelas autoridades belgas permitiu a apreensão de malas com dinheiro no total de 1,5 milhões de euros e quatro pessoas foram indiciadas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação numa organização criminosa.
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