"Agora, ('os países ocidentais') admitem que a Moldova possa vir a desempenhar esse papel", disse o chefe da diplomacia de Moscovo numa entrevista à agência RIA Novosti e à televisão Rossia-24.
Para Lavrov, a presidente da República da Moldova, Maia Sandu, "anseia a integração do país na Aliança Atlântica".
"Ela (Maia Sandu) tem cidadania romena e está preparada para unir (a República da Moldova) à Roménia. No geral, está disposta a tudo", acrescentou Lavrov.
Além das considerações sobre a Moldova, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que "o próximo país do espaço pós-soviético" que o Ocidente quer utilizar contra a Rússia é a república da Geórgia, no Cáucaso.
"Eles gostavam de transformar a Geórgia num outro 'fator irritante' e voltar aos tempos agressivos (do presidente Mikhail Saakashvili). Não tenho dúvidas", disse Lavrov.
Em janeiro, a chefe de Estado da Moldova disse que é preciso "pôr fim ao avanço" da Rússia e ajudar a Ucrânia a vencer a guerra, referindo-se "aos perigos" para os países vizinhos.
Da mesma forma, a presidente da Geórgia, Salomé Zurabishvili, fez várias declarações de apoio a Kyiv.
Na mesma entrevista, o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou o "Ocidente" de estar a apoiar a Ucrânia para pôr fim ao que chamou "questão russa", criticando diretamente a visita da presidente da Comissão Europeia a Kyiv.
Ursula von der Leyen "declarou que o resultado da guerra deve ser a derrota russa, e uma derrota de tal forma que não volte a levantar-se durante décadas", disse Lavrov numa entrevista transmitida pelas televisões da Rússia.
"Isto não é racismo? Nazismo? [isto não é uma] tentativa de resolver a 'questão russa'?" questionou o chefe da diplomacia da Rússia.
Um total de 15 comissários europeus, incluindo os vice-presidentes Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, chegaram, esta quinta-feira, a Kyiv.
A delegação é chefiada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que vai manter uma série de reuniões com o governo ucraniano.
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