Envio de caças? Não existe "varinha mágica" que possa ajudar Kyiv
O ministro da Defesa britânico não excluiu, no entanto, a possibilidade de fornecimento de tais aviões de combate à Ucrânia, embora tenha defendido que não é isso que a Ucrânia precisa de momento.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, considerou que não existe qualquer "varinha mágica" que possa ajudar a Ucrânia no seu combate às tropas russas, quando questionado, esta quinta-feira, sobre a possibilidade de fornecer caças britânicos às forças de Kyiv, reporta a Reuters.
"Não há varinha mágica neste conflito horrendo", explicou Wallace, quando questionado pelos repórteres sobre o assunto, em Portsmouth, no sul de Inglaterra, no contexto de uma conferência de imprensa conjunta com governantes australianos.
A propósito deste tema, o ministro da Defesa britânico não excluiu, no entanto, a possibilidade de fornecimento de tais aviões de combate, embora tenha defendido que não é isso que a Ucrânia precisa de momento. Na sua ótica, a 'chave' passa, na verdade, por um reforço das defesas terrestres.
"O que os ucranianos precisam é da capacidade de criar formações militares em terra, a fim de utilizar manobras combinadas de armas para empurrar para trás as forças russas", explicou o governante britânico.
E elaborou: "Porque é assim que se derrotam os ataques de 'ondas humanas' a que os russos têm atualmente de recorrer... estão a recorrer a ataques do género dos da Primeira Guerra Mundial, com baixas subsequentes semelhantes".
Além do mais, Ben Wallace lembrou que existem, também, algumas questões práticas a considerar, tais como os vários meses que seriam necessários para treinar convenientemente as forças ucranianas a usar os tão cobiçados caças.
"Mesmo que amanhã de manhã anunciássemos que íamos colocá-los [aos ucranianos] em jatos rápidos, tal levaria meses", concluiu o ministro britânico da Defesa.
As declarações surgem depois de, já na quarta-feira, Ben Wallace ter defendido que o envio de caças de combate para a Ucrânia não era a abordagem correta a ter de momento. Estados Unidos e Alemanha têm também vindo, até agora, a excluir o envio dos mesmos para a Ucrânia - com a posição da Polónia a ser, recorde-se, a oposta.
Também França, que produz os seus próprios jatos, parece estar mais aberta a essa possibilidade. Isto porque, na segunda-feira, o seu presidente, Emmanuel Macron, garantiu que o fornecimento dos mesmos não era um tabu, desde que não fossem usados para atingir território russo.
De facto, os governantes ucranianos têm vindo a pedir, desde que os aliados ocidentais cederam na concessão de tanques pesados a Kyiv, o fornecimento de caças de combate, alegando necessitar deles para combater a invasão.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou a vida a, pelo menos, 7.110 civis, com outros 11.547 a terem ficado feridos, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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