Num comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, indicou que "uma enorme quantidade de minas e outros engenhos explosivos está a ser encontrada em territórios libertados pelas forças armadas ucranianas", e o bloco avançou com uma verba "até 25 milhões de euros para apoiar os trabalhos de desminagem" nas áreas em causa.
O financiamento adicional - anunciado no âmbito da cimeira UE-Ucrânia, que hoje decorre em Kiev com a presença dos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen -, incluirá equipamento essencial antiminas e reforçará as capacidades das autoridades ucranianas para enfrentar a contaminação em grande escala causada por minas e restos explosivos no contexto da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, segundo o comunicado.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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