Cong foi convocado na quinta-feira à noite, após a descoberta do balão que, segundo Washington, sobrevoou o Estado do Montana, na fronteira com o Canadá, e que agora se encontra no centro do território continental, deslocando-se para leste.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano indicou num comunicado que Otava continuará a expressar "com vigor" a sua posição às autoridades chinesas.
O Canadá e os Estados Unidos indicaram que monitorizarão o voo do balão chinês sobre o espaço aéreo norte-americano.
Os dois países possuem um sistema de defesa aérea unificado sob o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês).
O Departamento de Defesa do Canadá indicou num comunicado divulgado na quinta-feira à noite que os movimentos do balão estavam a ser vigiados pelo NORAD, acrescentando que estavam a monitorizar "um segundo potencial incidente", sem fornecer mais pormenores.
As autoridades canadianas também afirmaram estar a trabalhar estreitamente com os seus colegas nos Estados Unidos e que continuam a tomar as medidas necessárias para proteger a informação sensível do Canadá de ameaças estrangeiras", acrescentou o Departamento de Defesa.
A China declarou hoje que o balão avistado no espaço aéreo dos Estados Unidos estava a ser usado para investigação meteorológica e foi empurrado pelo vento para fora da sua rota, apesar das suspeitas norte-americanas e canadianas de espionagem.
A descoberta do objeto pairando a elevada altitude sobre os Estados Unidos intensificou as já tensas relações entre Pequim e Washington.
O Pentágono decidiu não abater o balão, que estava a sobrevoar locais sensíveis, por receio de que partes do objeto atingissem pessoas em terra.
Num comunicado hoje emitido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indicou que o balão era uma aeronave civil principalmente utilizada para investigação meteorológica.
Segundo o ministério chinês, o dirigível tem capacidades de "auto-condução" limitadas e "desviou-se muito da rota definida" devido à intensidade dos ventos.
"A parte chinesa lamenta a entrada não-intencional da aeronave no espaço aéreo dos Estados Unidos devido a forças maiores", lê-se no comunicado citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), utilizando um termo jurídico utilizado para referir eventos que estão além do controlo humano.
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