"A Rússia não parará se não perder. Continuará a investir no terrorismo"

O responsável assinalou ainda que "a lei internacional é clara" e que qualquer ameaça de "ataques de retaliação" por parte de funcionários russos constitui apenas "uma tentativa de assustar".

Notícia

© Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

Daniela Filipe
05/02/2023 08:57 ‧ 05/02/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apontou, no sábado, que o “terrorismo” russo se propagará pela Europa, caso Moscovo saia vitorioso no conflito com a Ucrânia, de forma “mais ousada”. O responsável considerou ainda que qualquer ameaça por parte de funcionários russos não passa de “uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa”.

A Rússia não parará se não perder. Continuará a investir no terrorismo na Europa. Fá-lo-á ainda com mais ousadia. Interferirá nas eleições, matará rivais políticos. Surtos de separatismo tornar-se-ão uma regra. É este o mundo em que quer viver? É assim que o ‘mundo russo’ é”, atirou, através da rede social Twitter.

O responsável foi mais longe, tendo, horas depois, assinalado que “a lei internacional é clara” e que qualquer ameaça de “ataques de retaliação” por parte de funcionários russos, como é o caso do antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, constitui apenas “uma tentativa de assustar”, além de “uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa”.

“A lei internacional é clara. A Ucrânia pode liberar os seus territórios através de qualquer ferramenta. A Crimeia é da Ucrânia. Portanto, as ameaças de funcionários russos com ‘ataques de retaliação’ são apenas uma confirmação da intenção de cometer assassinatos em massa e uma tentativa de assustar, ao estilo tradicional russo. Ignorem sempre o Medvedev”, considerou.

De notar que o antigo chefe de Estado russo ameaçou a Ucrânia com a chegada do "dia do juízo final", em julho, caso as autoridades daquele país ataquem a Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

"As consequências [do eventual ataque] são óbvias. Se algo semelhante acontecer, o dia do juízo final chegará em breve para todos eles [ucranianos]. Será muito rápido e muito duro", disse, na altura, assegurando que "os objetivos desta operação vão ser cumpridos".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 7.068 civis desde o início da guerra e 11.415 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Podolyak pede que se olhe para cidades libertadas: "Nem um civil vivo"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas