"Novamente, as exceções demonstram que o nosso petróleo e os nossos produtos petrolíferos têm procura na Europa", disse Novak à agência de notícias Interfax.
Novak, responsável pela setor energético da Rússia, referia-se às últimas posições da Comissão Europeia sobre o "preço máximo" que foi taxado aos derivados do crude russos, mas que não se aplica no caso de serem "transformados substancialmente" num terceiro país através da mistura de produtos do Estado que produz a transformação.
"Mais uma vez, isto mostra que as ações dos políticos europeus não têm lógica. A Europa necessita dos nossos recursos energéticos", frisou.
O vice-primeiro-ministro afirmou ainda que as exceções da Comissão Europeia são "de facto" a "legalização dos 'esquemas cinzentos' que se utilizam há muito tempo devido a decisões sem eficácia que os políticos europeus já adotaram em 2022".
"Vamos assistir ao desenvolvimento da situação. Estou certo de que os nossos setores vão manter-se de forma estável", disse.
O embargo à importação dos derivados do crude russo adotado pelos países do G7, União Europeia e Austrália e a imposição de um preço máximo a estes produtos, transportados por via marítima, entraram em vigor no domingo passado.
O preço máximo para o barril de gasóleo russo é de 100 dólares, fixando-se em 45 dólares o preço do barril de outros derivados do crude da Rússia.
A medida, adotada no quadro das sanções "ocidentais" contra a Rússia por causa da nova campanha militar contra a Ucrânia proíbe os operadores europeus a efetuarem o transporte ou organizar carregamentos de derivados russos vendidos a um preço superior ao que foi estabelecido.
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