Num discurso hoje no parlamento britânico, no âmbito de uma visita inesperada, lembrou que "Londres tem estado com Kiev desde o primeiro dia, desde os primeiros segundos e minutos da guerra" e que estendeu "uma mão amiga quando o mundo ainda não tinha chegado a compreender como reagir".
Zelensky referiu em particular o antigo primeiro-ministro Boris Johnson por ter convencido os aliados a ajudar a Ucrânia "quando parecia absolutamente difícil" e aos deputados em geral pela "coragem e caráter na altura, forte carácter britânico".
Lembrando que em guerras passadas, "o mal perdeu", expressou a convicção de que "a Rússia vai perder" e que "a vitória vai mudar o mundo".
E depois de a Ucrânia ganhar a guerra, continuou, "qualquer agressor, pequeno ou grande, (...) que violar a ordem internacional (...) vai perder".
"Já obtivemos resultados notáveis. E devemos fazer todos os esforços para transformar as nossas conquistas nos alicerces da futura segurança mundial", vincou, referindo a importância de sanções económicas e a criação de um tribunal especial para julgar crimes de guerra.
Aplaudido várias vezes durante o discurso em Westminster Hall, o salão de cerimónias do edifício do Parlamento, onde o corpo da rainha Isabel II esteve em câmara ardente antes do funeral no final do ano passado, Zelensky urgiu os britânicos a continuar a combater a Rússia.
"Não estou a dizer que não haverá mais guerras depois de a guerra acabar. Não. É impossível apagar completamente o mal da natureza humana. Mas está ao nosso alcance garantir com palavras e atos que o lado bom da natureza humana prevalecerá", concluiu.
Zelensky já tinha discursado perante os deputados britânicos por videoconferência em março de 2022 e visitado Londres antes da guerra, em 2020.
Antes, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, comprometeu-se a continuar a apoiar a Ucrânia "para permitir uma vitória militar decisiva no campo de batalha este ano".
O Presidente ucraniano chegou hoje para uma visita ao Reino Unido anunciada apenas horas antes da chegada, a segunda ao estrangeiro desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro do ano passado.
Em 21 de dezembro, o líder viajou até Washington, onde foi recebido na Casa Branca pelo Presidente, Joe Biden, e falou perante o Congresso dos EUA.
O chefe de Estado ucraniano também é esperado em Bruxelas esta semana, na sequência de um convite para participar presencialmente numa cimeira do Conselho Europeu, agendada para quinta e sexta-feira.
Depois do discurso, Zelensky deslocou-se ao Palácio de Buckingham para uma audiência com o Rei Carlos III, seguindo-se uma visita a uma base militar em Inglaterra para ver o treino dos soldados ucranianos.
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