Em comunicado emitido depois de dois dias de contactos na Federação Russa, que ocupa aquela central há quase um ano, desde o início da invasão da Ucrânia, Grossi declarou: "Continuo a ter esperança em que se estabeleça aquela zona, se bem que o progresso deveria ter sido mais rápido. Para o bem da segurança nuclear na Ucrânia e mais além, vou continuar os meus esforços até que seja uma realidade".
Na quinta-feira, Grossi esteve com o diretor-geral da agência atómica russa, Rosatom, Alexey Likhachev, após o que alertou que "infelizmente, a situação continua muito frágil e instável".
O diretor-geral da AIEA esteve pela última vez em Moscovo em dezembro de 2022, quando se reuniu com Likhachov.
Em janeiro, Grossi viajou para Kyiv, onde se reuniu com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir a situação de segurança em Zaporíjia e o envio de missões da AIEA para outras centrais nucleares do país.
O funcionamento da central nuclear continua a ser garantido por técnicos ucranianos que os russos integraram em uma entidade gerida pela Rosatom, após a anexação de Zaporíjia pela Rússia em setembro de 2022, considerada ilegal pela Ucrânia e os aliados ocidentais.
A central tem sido alvo de bombardeamentos periódicos, pelos quais Moscovo e Kyiv são mutuamente responsáveis.
A AIEA propôs a criação de uma zona desmilitarizada em torno da central nuclear, onde a agência da ONU estabeleceu uma presença permanente já no ano passado, mas ainda não houve acordo entre as partes.
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