O governador militar de Kharkiv, Oleh Synehubov, disse na plataforma Telegram, na sexta-feira, que os oito feridos, que estavam a reparar danos causados por um ataque anterior, tiveram de ser hospitalizados, dois dos quais em estado grave.
A Rússia lançou na madrugada de sexta-feira o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia desde que a invasão do país começou, há quase um ano, segundo o Exército ucraniano.
De acordo com fontes militares ucranianas, o ataque russo atingiu várias infraestruturas essenciais ligadas ao setor energético em vários pontos do país.
As autoridades ucranianas indicaram que o ataque tinha atingido, em particular, as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Zaporijia (sul), onde está localizada a maior central nuclear da Europa, agora nas mãos dos russos.
Também em Kiev foram sentidas várias explosões, de acordo com os jornalistas da agência France-Presse (AFP) na capital ucraniana.
O comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, denunciou que mísseis russos Kalibr cruzaram e violaram o espaço aéreo da Moldova e da Roménia, país membro da NATO.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou que o ataque foi um "desafio para a NATO".
Numa mensagem de vídeo gravada no seu regresso à Ucrânia após a passagem por vários países europeus, Zelensky garantiu que a Rússia lançou pelo menos 70 mísseis contra solo ucraniano, que provocaram inúmeras baixas civis.
"Pelo menos 60 mísseis foram abatidos. Todos os seus alvos eram civis e infraestruturas civis", lamentou Zelensky, que referiu que vários dos mísseis russos passaram pelo espaço aéreo da Moldova e da Roménia.
"Esses mísseis são um desafio para a NATO e para a segurança coletiva. (...) O mundo deve travar isto", disse o presidente ucraniano, agradecendo à Força Aérea pelo trabalho em defesa das populações.
A Moldova convocou na sexta-feira o embaixador de Moscovo em Chisinau, Oleg Vasnetsov, devido à "inaceitável violação" do espaço moldavo, refere um comunicado publicado no portal da diplomacia de Chisinau.
Na mesma nota, acrescenta-se que a "Rússia continua a guerra agressiva contra a Ucrânia" e que "os ataques com mísseis contra o país vizinho [Ucrânia] afetam de forma direta e negativa a vida dos cidadãos moldavos".
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