A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu na Justiça Federal do Distrito Federal para que o bloqueio de bens dos acusados de financiar o transporte dos radicais "sejam condenados em definitivo a ressarcir 20,7 milhões de reais [3,7 milhões de euros] ao erário".
Este pedido abrange 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato. O organismo jurídico disse ter calculado o valor da indemnização com base nos danos que os responsáveis por cada um dos edifícios do governo alegaram ter sofrido nos ataques.
Milhares de pessoas que participaram nas agressões às sedes da presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal a 08 de Janeiro chegaram a Brasília vindas de várias partes do país em autocarros fretados pelos acusados.
"Num regime democrático, como no sistema brasileiro, contraria os costumes da democracia e a boa-fé a convocação e financiamento de um movimento ou manifestação com intento de tomada do poder, situação essa que evidencia a ilicitude do evento ocorrido", frisou a AGU
Segundo o órgão presidencial, os arguidos estavam conscientes de que os manifestantes que mobilizaram poderiam promover atos violentos e ilegais para forçar um golpe de Estado contra o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Cerca de 1.800 pessoas já foram presas pelos ataques aos edifícios dos três poderes, das quais mais de um terço permanece detido.
Leia Também: Brasil. Suíça vai restaurar relógio de D. João VI destruído por radical