Na semana passada, o governo anunciou que estava a investigar casos suspeitos de febre hemorrágica e hoje o ministro Mitoha Ondo'o Ayekaba confirmou tratar-se de mortes provocadas pelo vírus de Marburg.
A Guiné Equatorial "declara hoje o alerta sanitário para uma febre hemorrágica de Marburgo, na província de Kie-Ntem e no (vizinho) distrito de Mongomo", disse o ministro em conferência de imprensa.
As autoridades puseram em quarentena a província para conter a "epidemia", e há três pessoas com sintomas da doença isoladas num hospital nesta região pouco povoada e rural, na fronteira com o Gabão e os Camarões, detalhou Mitoha Ondo'o Ayekaba
As três pessoas hospitalizadas "têm sintomas leves (...) e estão a evoluir favoravelmente", acrescentou.
Foi implementado um "plano de contenção" em estreita colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para "lidar com a epidemia" nesta densa área coberta de florestas tropicais do leste do continente, que inclui também duas ilhas principais.
O vírus é transmitido por morcegos aos seres humanos e em contacto direto entre seres humanos através de fluidos corporais de pessoas infetadas, ou com superfícies e materiais.
A doença causada pelo vírus de Marburg é um tipo de febre hemorrágica rara, grave e com elevada taxa de mortalidade - em média, 50%, mas pode variar entre 24% a 88%, dependendo de vários fatores, como a estirpe do vírus e os cuidados de saúde prestados ao doente.
Embora as doenças causadas pelo vírus de Marburg e do Ébola sejam diferentes, têm perfis clínicos semelhantes, capazes de provocar surtos com uma elevada taxa de mortalidade.
A Guiné Equatorial é um dos nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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