Depois de a presidente da Moldova, Maia Sandu, ter acusado a Rússia de estar a planear um golpe de Estado naquele país com a ajuda de cidadãos da Bielorrússia, Sérvia e Montenegro, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apontou que esta é “mais uma prova da verdadeira natureza do Estado expansionista russo”, considerando que a Ucrânia livrar-se-á de “um patógeno”.
“As tentativas da Federação Russa de desestabilizar a Moldova e de cometer um golpe de Estado são mais uma prova da verdadeira natureza do estado expansionista russo e do seu enorme apetite”, começou por dizer o responsável, através da rede social Twitter.
Podolyak, conhecido crítico de qualquer tipo de negociações de paz com o Kremin até à retirada das suas tropas da Ucrânia, atirou, assim, que “aqueles que querem um ‘acordo’ [de paz] devem lembrar-se disso”.
“Lidar com os sintomas não. Vamos livrar-nos de um patógeno”, rematou.
Attempts of RF to destabilize Moldova and commit a coup d'état – are yet another proof of a true nature of Russian expansionist state and its enormous appetites. Those who want a "settlement" must remember this. Dealing with the symptoms will not. Only to get rid of a pathogen.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) February 13, 2023
De notar que, segundo Maia Sandu, o plano da Rússia “visa usar elementos subversivos com treino militar, vestidos à civil, para organizar ações violentas, ataques a algumas instituições do Estado e tomar reféns” na Moldova.
De acordo com a chefe de Estado, o objetivo passará por "minar a ordem constitucional e transformar o poder legítimo de Chisinau em ilegítimo para colocar o país à disposição da Rússia".
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 7.155 civis desde o início da guerra e 18.817 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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