O secretário-geral da aliança transatlântica NATO, Jens Stoltenberg, afirmou, esta quarta-feira, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “não mostra sinais de que se esteja a preparar para a paz”, mas “tem de perceber que não pode vencer” a guerra contra a Ucrânia. O responsável exortou ainda a Bielorrússia a deixar a "cumplicidade" com a Rússia.
“Quase um ano após a sua brutal invasão, o presidente Putin não mostra sinais de que se esteja a preparar para a paz. Pelo contrário, está a lançar novas ofensivas e a visar civis, cidades e infraestruturas críticas”, disse o responsável, numa conferência de imprensa com o presidente da Polónia, Andrzej Duda, em Bruxelas.
“Putin tem de perceber que não pode vencer”, sublinhou.
Stoltenberg reiterou ainda a necessidade de “fornecer rapidamente à Ucrânia as armas e munições de que necessita” para “retomar o território e prevalecer como nação soberana na Europa”.
Numa altura em que o mundo enfrenta “a maior crise de segurança de uma geração”, a NATO está a “reforçar a sua presença e prontidão desde o Mar Negro até ao Mar Báltico, incluindo na Polónia”.
“Juntos, enviamos uma mensagem clara, por isso não pode haver lugar para erros de cálculo em Moscovo. A NATO defenderá cada centímetro da Polónia e de todo o território aliado”, sublinhou Stoltenberg, após a reunião com o presidente polaco, onde também foi discutido o papel da Bielorrússia na guerra na Ucrânia.
“A Bielorrússia continua a acolher e a apoiar as forças russas e está a aprofundar a sua integração política e militar com a Rússia. Exortamos a Bielorrússia a pôr fim à sua cumplicidade na guerra”, frisou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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