"É a situação mais difícil, a mais quente atualmente", declarou o chefe de Estado ucraniano numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que se deslocou hoje a Kiev, capital ucraniana.
"Para os nossos soldados não é fácil no leste, mas isso é pouco quando falamos da 'Fortaleza Bakhmut'. A nossa fortaleza está viva", prosseguiu, prestando homenagem aos soldados ucranianos que "mantêm firmemente" as suas posições.
Zelensky também assinalou como ponto quente a cidade de Vougledar, a sul de Bakhmut, na mesma província de Donetsk, onde os russos têm registado avanços no terreno.
Na noite de terça-feira, Volodymyr Zelensky tinha já admitido uma situação "extremamente difícil" em Bakhmut, onde desde há vários meses se centram os principais confrontos e onde as tropas russas registaram alguns progressos nas últimas semanas.
Por sua vez, o primeiro-ministro sueco afirmou que Estocolmo vai prosseguir o apoio à Ucrânia "tanto quanto possível".
Num momento em que Kiev solicita com insistência aviões de combate, Kristersson afirmou que "nada está excluído", mas sublinhou que essas entregas devem ser feitas no âmbito de uma "coligação internacional".
Nos últimos dias, os combates também redobraram de intensidade na província de Lugansk, também situada na região do Donbass (leste ucraniano).
Hoje, o governador ucraniano de Lugansk, Serguii Gaidai, assinalou um "agravamento" da situação, em particular em torno das localidades de Kreminna e Bilogorivka, onde os militares russos atacam por "vagas" com o apoio da aviação.
Em Pokrovsk, uma cidade do leste mais afastada da linha da frente, os ataques atingiram hoje de manhã um edifício habitacional, provocando pelo menos um morto e 12 feridos, segundo os serviços de emergências ucranianos.
"Pelo menos duas outras pessoas ainda se encontram nos escombros", precisou a mesma fonte numa mensagem publicada na plataforma Telegram.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Condecoração de Zelensky por Marcelo é "mais do que merecida"