"O financiamento - que abrange um período de três meses - ajudará 5,2 milhões de pessoas e permitirá que as organizações de ajuda aumentem rapidamente o apoio vital aos esforços de socorro liderados pelo Governo em várias áreas, incluindo segurança alimentar, proteção, educação, água e abrigo", explicou Guterres.
De acordo com o líder das Nações Unidas, as "necessidades são enormes" e "não há tempo a perder", neste país que abriga o maior número de refugiados do mundo e "há anos demonstra enorme generosidade com os seus vizinhos sírios".
"Esta é a hora de o mundo apoiar o povo turco, assim como eles se solidarizaram com outros que procuram assistência. (...) Exorto a comunidade internacional a intensificar e financiar totalmente este esforço crítico em resposta a um dos maiores desastres naturais dos nossos tempos", disse Guterres, concluindo o seu apelo.
Na terça-feira, o secretário-geral da ONU já havia lançado um apelo humanitário de 397 milhões de dólares (369,3 milhões de euros) para ajudar a população síria por três meses, na sequência dos sismos.
Logo após os sismos devastadores que atingiram a 06 de fevereiro o sul da Turquia e o norte da Síria, as Nações Unidas disponibilizaram 50 milhões de dólares (46,5 milhões de euros) através do Fundo Central de Resposta a Emergências.
Contudo, segundo Guterres, "as necessidades são imensas" e a maneira mais eficaz de apoiar as pessoas em necessidade "é fornecendo este financiamento de emergência".
Também o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho elevou hoje para 650 milhões de euros o seu pedido de financiamento para ajuda humanitária à Turquia e Síria.
Dez dias após o terramoto devastador que afetou a área de fronteira entre os dois países, a organização de socorro alertou que milhões de famílias afetadas precisam de abrigo, assistência médica urgente, comida e água.
Além disso, a organização pediu a toda a população da Turquia que doe sangue para atender às crescentes necessidades na região.
Pelo menos 36.187 pessoas morreram e outras 108.000 ficaram feridas na Turquia após os dois fortes sismos que atingiram o país, declarou hoje a agência de gestão de emergências e desastres da Turquia (AFAD).
Os sismos provocaram a queda de milhares de edifícios - sob os quais dezenas de milhares de corpos ainda podem estar soterrados, alertaram vários especialistas turcos e internacionais - e outras 50.000 edificações foram gravemente danificadas e terão de ser demolidas.
Até ao momento, estão confirmadas cerca de 5.000 vítimas mortais na Síria devido aos terramotos.
[Notícia atualizada às 16h26]
Leia Também: Sobe para mais de 36 mil número de mortos na Turquia após o sismo