"Pelo menos 8,8 milhões de pessoas na Síria foram afetadas pelo sismo e a maioria precisará de algum tipo de ajuda humanitária. A ONU está absolutamente comprometida em ajudar todos os sírios", disse a representante especial do organismo na Síria, Najat Rochi, numa publicação na sua conta no Twitter.
Ativistas e equipas de resgate denunciaram a falta de ajudas da ONU no noroeste da Síria controlada por forças opostas ao Presidente Bashar Al-Assad.
O coordenador de Socorro de Emergência da ONU, Martin Griffiths, já visitou a área e reconheceu que o organismo falhou com as vítimas nesta parte do país.
Há também entraves burocráticos e problemas logísticos, como a falta de infraestruturas rodoviárias em boas condições após anos de guerra no país. Assim, os camiões mais pequenos poderiam ter entregado a ajuda muito mais cedo que os camiões grandes, normalmente usados.
Até agora, chegaram 140 camiões provenientes da Turquia às áreas rebeldes do noroeste da Síria. Nesta região, mais de nove mil prédios ficaram destruídos ou danificados pelo sismo e, pelo menos, 11 mil pessoas perderam as suas casas, pelo que o material mais necessário no momento são tendas de campanha.
Os sismos na Turquia e na Síria, de 7,7 e 7,6 na escala de Richter, respetivamente, ocorreram em 06 de fevereiro e o número oficial de mortos é de cerca de 44 mil em ambos os países, número que se prevê continue a aumentar.
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