Putin avaliará progressos da campanha militar em discurso na terça-feira

O Presidente russo, Vladimir Putin, vai avaliar os progressos da campanha militar na Ucrânia e a situação internacional num discurso sobre o estado da nação que irá fazer na terça-feira, afirmou hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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Lusa
19/02/2023 15:09 ‧ 19/02/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Claro que [...] todos esperam ouvir uma avaliação dos acontecimentos atuais, da operação militar especial, da situação internacional e a opinião do Presidente sobre como estamos a lidar com tudo isto e como vamos desenvolver-nos [como país]", indicou o porta-voz no programa "Moscú.Kremlin.Putin", transmitido na televisão pública Rossía-1.

"Toda a nossa vida gira agora em torno da operação militar especial, que afetou toda a nossa vida de uma forma ou de outra, afeta a vida no continente. E é por isso que se deve esperar que o Presidente lhe preste muita atenção", assinalou Peskov, referindo-se à campanha bélica.

Putin irá fazer na próxima semana, pelas 09:00 GMT, diante da Assembleia Federal, o seu primeiro discurso sobre o estado da nação em quase dois anos, três dias antes de se assinalar o primeiro ano do início da guerra na Ucrânia, para "libertar do genocídio" o povo do Donbass e "desnazificar" o país vizinho.

O Kremlin não permitiu que os meios de comunicação estrangeiros de países considerados "inimigos" fossem acreditados para o discurso.

A intervenção de Putin, que será retransmitida por todas as televisões públicas do país, coincidirá com a data em que o Presidente russo reconheceu, há um ano, a independência de Donestsk e Lugansk, um prelúdio para o início da campanha bélica.

Em setembro de 2022, a Rússia anexou ilegalmente estas duas províncias orientais ucranianas, juntamente com as províncias meridionais Zaporíjia e Jersón, ainda que não controle nenhum dos quatro territórios na totalidade.

Ainda que o chefe do Kremlin defenda que a intervenção militar "foi necessária para liberar o Donbass", a propaganda tem-se focado na ideia de que a Rússia é vítima de uma guerra híbrida dos aliados da NATO (sigla em inglês para Organização do Tratado Atlântico Norte) que querem destruir o país.

Após um ano de campanha militar na Ucrânia, Putin não conseguiu o seu objetivo de conquistar totalmente o Donbass, ainda que tenha conseguido manter o corredor terrestre que une o este ucraniano à anexada península da Crimeia, através da costa do mar de Azov.

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