A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, deverá deslocar-se na segunda-feira até Kyiv, onde se irá encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A notícia foi avançada, este domingo, pela agência de notícias Reuters, que cita fonte política.
A informação surge após a governante, eleita em outubro de 2022, ter referido no início deste mês que estaria na capital ucraniana “antes de 24 de fevereiro”, data em que se assinala o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Meloni tem assumido uma posição de apoio a Kyiv, tendo manifestado, numa chamada com Zelensky, “total apoio à causa da liberdade povo ucraniano” e rejeitado a anexação por parte da Rússia de quatro regiões, ainda antes da sua eleição
Já recentemente, Silvio Berlusconi, líder do partido Forza Italia, uma das formações políticas que apoia o governo de Meloni, culpou o presidente ucraniano pela invasão russa e disse, inclusive, que se fosse primeiro-ministro “nunca” visitaria o país.
“Eu a falar com Zelensky? Se eu fosse primeiro-ministro nunca teria lá ido porque estamos a assistir à devastação do seu país e à morte dos seus soldados e civis", disse, citado pelos meios locais.
"Bastava que Zelensky parasse de atacar as duas repúblicas autónomas de Donbass e isto não teria acontecido, por isso julgo muito, muito negativamente o comportamento deste cavalheiro", acrescentou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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