Estes três países da África Ocidental foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares em 2020, 2021 e 2022. O Mali e a Guiné-Conacri também foram sujeitos a outras sanções, em parte suspensas desde então.
Os países membros da CEDEAO decidiram "manter as sanções existentes contra os três países e impor proibições de viagem a membros do Governo e outros funcionários" do Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri, de acordo com um comunicado de imprensa assinado pelo chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, atual presidente da CEDEAO, na sequência de um encontro organizado no sábado em paralelo à Cimeira da União Africana (UA), em Adis Abeba.
Os três países solicitaram em 10 de fevereiro passado o levantamento da suspensão da CEDEAO, mas também da UA, lamentando as "sanções impostas".
Nestes três países, o retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burkina Faso, e em 2025 na Guiné-Conacri.
No comunicado de imprensa, citado pela agência noticiosa France Presse, os países membros da CEDEAO pediram às autoridades de Conacri que estabeleçam um "diálogo nacional inclusivo com todos os atores políticos".
A CEDEAO também "tomou nota" dos "sérios desafios humanitários e de segurança" enfrentados pelos três países, mas sobretudo por Burkina Faso e Mali.
Depois de Mali, o Burkina Faso também foi ensanguentado pela violência jihadista.
Os três países enviaram delegações a Adis Abeba para defender o levantamento das suspensões.
Na sexta-feira, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da UA, disse que o conselho de "paz e segurança" da instituição vai reunir-se, em data não especificada, para decidir sobre um eventual levantamento da suspensão destes três países, bem como do Sudão.
No sábado, Faki disse que as "sanções não parecem produzir os resultados esperados".
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