O líder e fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou o comando militar russo de limitar o acesso dos mercenários a munições - como parte de uma rivalidade contínua entre o grupo e partes do exército.
Numa mensagem de áudio de sete minutos, publicada esta segunda-feira através de um dos seus canais do Telegram, citado pela Reuters, Prigozhin diz que foi forçado a "pedir desculpa e a obedecer" para conseguir acesso a armamento para os seus mercenários.
Falando com um tom de voz exaltado e emocionado, o líder do grupo ressaltou que é "incapaz de resolver este problema, apesar de todas as ligações e contactos".
Segundo Prigozhin, a produção militar russa é suficiente para abastecer as forças que combatem na frente e o grupo Wagner, acusando o comando militar da "decisão consciente" de limiar e dificultar o abastecimento dos seus combatentes.
"Aqueles que interferem connosco ao tentar ganhar esta guerra estão absolutamente, diretamente a trabalhar para o inimigo", vincou.
A Casa Branca disse, na semana passada, que o grupo Wagner tinha perdido mais de 30 mil mercenários desde a invasão russa à Ucrânia, com cerca de 9 mil dos mortos em combate.
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