As declarações de Blinken foram feitas numa conferência de imprensa com o seu homólogo grego, Nikos Dendias, durante uma visita oficial à Grécia.
O secretário de Estado norte-americano referiu que o fracasso do ataque russo, que completará um ano na sexta-feira, se deveu à "coragem do povo ucraniano e à ajuda dos seus aliados em todo o mundo".
Salientando que "todos querem que esta guerra termine o mais depressa possível", Blinken afirmou que, enquanto as hostilidades russas continuarem, os Estados Unidos e os seus aliados continuarão a "resistir" e a apoiar a democracia.
Observações que acontecem após a visita surpresa do Presidente norte-americano, Joe Biden, a Kiev, onde se encontrou na segunda-feira com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e anunciou uma ajuda militar adicional de 500 milhões de dólares (cerca de 469 milhões de euros) à Ucrânia.
Blinken confirmou hoje que o seu país tinha informado previamente a Rússia sobre a visita "para evitar potenciais perigos ou acidentes".
O político norte-americano salientou o papel que a Grécia tem desempenhado no "reforço do flanco ocidental da OTAN" (NATO) durante a guerra e salientou a importância que o porto norte de Alexandropolis ganhou no transporte de tropas e armas dos Estados unidos e da NATO para a Europa de Leste.
Por seu lado, Nikos Dendias referiu que a Grécia está a tornar-se um centro energético para a Europa, e Blinken salientou a importância do novo gasoduto que liga a Grécia à Bulgária (IGB), uma vez que ajuda os Balcãs a tornarem-se independentes do gás russo.
Sobre as relações greco-turcas, Blinken salientou a entrega "imediata" da ajuda grega às vítimas do terramoto na Turquia e instou os dois países a escolherem o caminho da diplomacia e a continuarem a evitar a "retórica agressiva".
Antes desta paragem em Atenas, Blinken esteve na Turquia, onde visitou as regiões mais duramente atingidas pelos devastadores sismos recentes.
Oficiais gregos e turcos afirmaram estar dispostos a tirar um tempo às disputas de longa data sobre as fronteiras marítimas no Mediterrâneo oriental, na sequência dos sismos que mataram cerca de 45.000 pessoas na Turquia e na Síria.
Blinken disse ainda esperar que a pausa proporcione uma oportunidade para o regresso à diplomacia.
"É do nosso profundo interesse e acredito no interesse tanto da Grécia como da Turquia que sejam encontradas formas de resolver divergências antigas", disse Blinken aos jornalistas.
A Grécia deverá realizar eleições parlamentares em abril e a Turquia contará com eleições gerais em junho.
O político norte-americano realizou na segunda-feira uma reunião com o primeiro-ministro grego, o conservador Kyriakos Mitsotakis, durante a qual reafirmou as excelentes relações entre os dois países.
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