O vice-ministro das Finanças (Tesouro), Wally Adeyemo, disse no Conselho de Relações Exteriores em Washington que as sanções dos EUA estão a resultar em perdas militares para a Rússia ao afetar a sua máquina militar, e quando se assinala um ano da invasão militar russa em larga escala ao seu vizinho.
A Rússia é o segundo maior produtor mundial de armamento após os Estados Unidos, mas Adeyemo assinalou que "hoje, a Rússia não consegue produzir armamento para assegurar as suas necessidades básicas e ser um fornecedor para os países que dependem dele".
Mais de 30 países, incluindo os EUA, países da União Europeia, Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão e outros - que representam cerca de metade da produção económica mundial - impuseram um limite de preço ao petróleo russo e derivados, instituíram um controlo às exportações, congelaram fundos do Banco Central russo e restringiram o acesso ao SWIFT, o principal sistema para as transações financeiras globais.
Adeyemo também disse que os EUA planeiam anunciar esta semana sanções adicionais dirigidas à indústria de produção de armamento. O presidente norte-americano, Joe Bidenm reiterou a necessidade de sanções adicionais no discurso que hoje realizou na Polónia.
Responsáveis oficiais também referem que Moscovo está a recorrer à Coreia do Norte e Irão para abastecer a sua máquina militar com drones e mísseis terra-terra.
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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