A agência noticiosa saudita SPA informou que a decisão foi tomada diretamente pelo monarca saudita, Salman bin Abdulaziz al Saud, para reafirmar o "contínuo apoio do reino aos irmãos da República do Iémen para o seu desenvolvimento e a sua economia".
A SPA também assinalou que Riade pretende que este depósito "contribua para fortalecer as capacidades de implementação do programa de reforma económica" do Iémen supervisionado pelo Fundo Monetário Árabe (FMA), um organismo técnico regional.
Com esta injeção monetária, prevê-se que o governo internacionalmente reconhecido do Iémen apresente "um roteiro claro" para abordar as necessidades da população iemenita e para a criação de "novas reservas no Banco central para garantir uma estabilidade económica", de acordo com a SPA.
A Arábia Saudita apoia a luta do executivo iemenita contra os rebeldes huthis, e forneceu centenas de milhões de euros à economia do Iémen desde o início da intervenção militar de Riade no país vizinho em 2015.
A medida surge num momento em que os insurgentes xiitas desencadearam diversos ataques contra instalações sensíveis nas zonas do Iémen controladas pelo governo internacionalmente reconhecido, em particular contra portos de exportação de petróleo.
O executivo iemenita tem reiteradamente denunciado que o objetivo dos huthis consiste em privar o governo das suas principais fontes de ingresso, e que qualifica de "guerra económica".
Atualmente, o governo iemenita e os huthis estão a negociar um prolongamento do fim das hostilidades, que expirou em outubro passado.
Desde o final do cessar-fogo têm ocorrido diversas ações armadas violentas atribuídas às duas partes.
A guerra no Iémen foi iniciada em 2014 após os huthis terem derrubado o governo do então Presidente Abd Rabbu Mansour Hadi e passarem a controlar a capital, Sanaa, e diversas regiões do centro e norte do país.
Segundo a ONU, o Iémen regista a pior catástrofe humanitária do planeta, com mais de 24 milhões de pessoas -- 80% da população do país -- dependentes de ajuda humanitária.
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