"Cada novo colonato é mais um obstáculo no caminho para a paz. Toda a atividade de colonização é ilegal à luz do direito internacional e deve cessar. Ao mesmo tempo, incitar à violência cria um impasse. Nada justifica o terrorismo [que] deve ser rejeitado por todos", sustentou Guterres perante a Comissão da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestiniano.
Esta comissão, criada em 1975, encontra-se reunida na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, depois de dez palestinianos, um dos quais um adolescente de 16 anos, terem sido mortos e mais de 80 outros terem sido feridos a tiro durante um 'raid' militar israelita a Nablus, palco de permanentes e mortíferos combates no norte da Cisjordânia ocupada, segundo a Autoridade Palestiniana.
Trata-se da incursão com maior número de mortos na Cisjordânia desde pelo menos 2005, tal como a ocorrida a 26 de janeiro deste ano em Jenin, também no norte da Cisjordânia, na qual dez palestinianos, entre os quais combatentes e uma civil sexagenária, foram mortos pelas forças israelitas.
O responsável máximo da ONU considerou que a situação "no território palestiniano ocupado é a mais inflamável dos últimos anos", com "tensões no nível máximo", num contexto de "processo de paz" israelo-palestiniano "bloqueado".
"A nossa prioridade imediata deve ser impedir uma nova escalada, reduzir as tensões e restaurar a calma", defendeu António Guterres, na presença do embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansur.
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