Uma mulher diagnosticada com uma doença crónica tem vindo a chamar à atenção para a forma como é tratada pela sociedade, dadas as consequências que esta condição provoca na sua pele.
"Mesmo sendo adulta, as pessoas continuam a chamar-me nomes como Freddy Krueger [personagem do filme 'Pesadelo em Elm Street'", explica Kira Archuleta na sua página de TikTok.
De acordo com a jovem de 24 anos, o bullying começou quando as marcas deixadas pela hidradenite supurativa - uma condição crónica, localizada em zonas de fricção e irritação, que provoca lesões cutâneas - começaram a aparecer, aos 14 anos. As marcas apareceram primeiro nas axilas, mas rapidamente se espalharam pela cara e pelo peito. Quando estas bolhas rebentam, deixam feridas que podem infetar, demorando estas semanas a ficarem curadas.
"Pessoas como eu são obrigadas a esconder-se. Foram precisos três longos e dolorosos anos para finalmente ter um diagnóstico", contou a jovem.
Quando ainda era uma adolescente, Kira chegou a ter uma crise que fez com que ficasse de cama durante dez meses, o que a obrigou a ter aulas em casa. "Cabia uma mão nas feridas", descreveu. A jovem contou ainda que chegou uma altura em que "já não queria viver", e que a mãe "estava em agonia" por vê-la a sofrer daquela forma. A jovem chegou mesmo a ser internada num hospital em Sacramento.
"Costumava jogar softbol na escola, e tive de desistir. Passei de ser esta pessoa forte, desportista e sorridente para ficar numa concha", recordou.
Emocionada com a situação, e de forma a pedir alguma solidariedade para com quem sofre desta doença, Kira explicou ainda como se sentiu ao longo dos anos em que insultos como ser chamada de Freddy Krueger se foram acumulando. "Senti-me nojenta durante anos. Só quero ser normal", afirma.
"Não estou à procura de simpatia ou que as pessoas tenham pena de mim, mas não consigo evitar chorar", referiu ainda, sublinhando que esta não é uma doença contagiosa. "Apesar disto, as pessoas são muito rápidas a julgar", contou.
Para além de contar a sua experiência, Kira deixa uma palavra de apoio a quem sofre da mesma condição: "Não estão sozinhos".
Veja o vídeo na galeria acima.
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