Caso 'Mediador' choca Espanha com políticos, droga e prostitutas
Os detidos no 'caso Mediador' começaram a atuar nos últimos meses de 2020 e deixaram de o fazer no primeiro semestre de 2021.
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Mundo Espanha
O 'caso Mediador' está a agitar águas em Espanha. O escândalo envolve pormenores de filme tal como políticos e empresários envolvidos num esquema com pagamentos que envolviam festas com prostitutas, cocaína e viagra.
O esquema visa o ex-deputado do PSOE Juan Bernardo Fuentes Curbelo e outros políticos e funcionários - por supostamente contatarem empresários e oferecerem-lhes influência em troca de dinheiro. Os detidos do caso 'Mediador' começaram a atuar nos últimos meses de 2020, revela o El Mundo.
Uma rede instalada nas Ilhas Canárias incluía “funcionários políticos, funcionários da administração” que contataram empresários agrícolas a quem convenceram que, em troca de dinheiro ou presentes, usariam as "suas influências" para obter o benefício que procuravam.
Há 12 empresários envolvidos e pretendiam, por exemplo, garantir subvenção ou licença, ou ficar livres de algum processo ou, ainda, conseguir acordos comerciais vantajosos ou apoios.
O primeiro passo dos pagamentos foi sempre uma transferência de 5.000 euros para a Associação Desportiva de Tetir, presidida pelo deputado socialista. Os envolvidos também solicitaram a entrega de cartões com fundos pré-carregados. Além disso, os empresários tiveram que arcar com os custos das reuniões com políticos e mediadores. Incluíam jantares, hotéis, voos, droga e prostitutas. De acordo com a informação da investigação, o custo médio de uma noite era de 3.000 ou 3.500 euros.
A Procuradoria coloca o deputado do PSOE, Juan Bernardo Fuentes Curbelo, como principal arguido. Este já renunciou ao cargo e ficou em liberdade depois de ser ouvido.
Os suspeitos estão acusados de corrupção passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e associação criminosa.
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