"As unidades da companhia militar privada Wagner rodearam praticamente toda (a área) de Bakhmut. Falta apenas uma estrada. As 'tenazes' apertam-se", disse Prigozhin em declarações gravadas num vídeo dirigido a Volodymyr Zelensky e difundido pelo sistema de mensagens Telegram.  

Nas imagens, Prigozhin apresenta-se uniformizado no telhado de um edifício alegadamente situado na periferia de Bakhmut. 

As declarações sobre a situação na cidade não foram ainda confirmadas por fontes independentes.

"Se antes, contra nós, lutavam os efetivos do Exército profissional ucraniano, agora vemos cada vez mais crianças e idosos, mas as vidas deles aqui são curtas. Um ou dois dias", afirmou.

Yevgueni Prigozhin pede a Zelensky para deixar os "defensores" abandonar Bakhmut. 

"A cidade está 'de facto' rodeada", sublinhou o patrão do Grupo Wagner, que exibiu nas imagens dois adolescentes e um idoso, supostamente capturados durante combates.

Anteriormente, um suposto oficial ucraniano identificado pelo nome "Magiar" assinalava na rede digital de mensagens Telegram que a unidade que comanda tinha recebido ordem de retirada de Bakhmut mas que na cidade permaneciam 4500 civis, de um total de 70 mil residentes. 

As informações de "Magiar" difundidas pelas redes sociais também não foram confirmadas por fontes independentes. 

Zelensky declarou que as tropas de Kyiv vão defender Bakhmut "até que seja razoável", não descartando a possibilidade de um recuo das linhas defensivas situadas na zona oeste da cidade.

As informações prestadas pelo presidente ucraniano também não foram ainda acompanhadas por fontes independentes. 

A cidade de Bakhmut, que se chamou Artemivsk ou Artyomovsk entre 1924 e 2016, fica situada no leste da Ucrânia junto ao rio Bakhmutka.

Trata-se de um ponto estratégico porque está unida por estrada com as duas maiores cidades de Donetsk: Kramatorsk e Sloviansk e que se encontram sob o controlo de Kyiv. 

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