A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, expressou "profunda preocupação" com os relatórios, que foram noticiados pelos meios de comunicação russos pró-Kremlin no mês passado.
"Estamos a acompanhar essa história", disse Zakharova num comunicado divulgado na página eletrónica do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia na quinta-feira.
Para o Governo russo, o possível armamento da Ucrânia representa uma "questão séria" para as relações sérvio-russas, esclareceu a porta-voz.
Os relatos conhecidos dizem que uma fábrica de armas estatal sérvia entregou recentemente cerca de 3.500 mísseis para os lançadores de foguetes múltiplos Grad, usados pelas forças armadas ucranianas e russas.
O ministro da Defesa da Sérvia, Milos Vucevic, negou que o país tenha exportado os mísseis para a Ucrânia, mas deixou em aberto a possibilidade de eles terem ali chegado através de terceiros.
"Se empresas privadas compram armas em mercados de países terceiros e depois as vendem para outras empresas em outros países, isso não é um problema para a Sérvia, isso é comércio internacional", argumentou Vucevic.
A Sérvia é o aliado mais próximo de Moscovo na Europa, com laços históricos, religiosos e culturais reforçados por décadas de campanhas de propaganda pró-Rússia no país balcânico.
A Rússia apoia a reivindicação da Sérvia sobre a sua antiga província de Kosovo, que declarou independência em 2008 com o apoio do Ocidente.
A Sérvia recusou-se a impor sanções a Moscovo por causa da invasão da Ucrânia.
Os países ocidentais temem que a Rússia possa usar as tensões latentes no Kosovo para tentar desestabilizar os Balcãs e desviar a atenção da invasão da Ucrânia.
Leia Também: Ataque russo a edifício residencial em Zaporíjia faz pelo menos 3 mortos