Segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, João Lourenço, que irá acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, irá ser recebido pelo imperador do Japão, Naruhito e pela imperatriz, Masako, em Tóquio.
Irá igualmente manter um encontro com o primeiro-ministro, Kishida Fumio, e visitar Nagoya e Quioto.
A nota da diplomacia japonesa realça o "alto potencial económico de Angola", devido ao petróleo e riqueza em recursos minerais, bem como a parceria com um país de "bases políticas estáveis sob a presidência de João Lourenço, que foi reeleito após eleições democráticas".
O Governo do Japão espera que a visita "venha a reforçar a cooperação bilateral", acrescenta-se no documento.
O Japão tem apoiado fortemente o processo de desminagem em Angola e implementa projetos nos setores da Saúde, Educação, Assistência Alimentar, Telecomunicações e Agricultura, com um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de dólares (46,9 milhões de euros), a nível de comércio.
Entre os maiores projetos privados destaca-se o desenvolvimento do Porto do Namibe, em execução pela empresa Toyota Tsusho Corporation, avaliado em cerca de 700 milhões de dólares (656,5 milhões de euros).
A cooperação bilateral entre Angola e o Japão teve início em 1988 como Ajuda de Emergência, por via do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Depois do fim da guerra no país africano, em 2002, o Japão passou a cooperar com Angola na Assistência às Áreas de Desminagem, Reinserção Social de Ex-Militares e Reintegração de Refugiados, segundo a agência de notícias angolana, Angop.
Esta é a primeira visita oficial de João Lourenço ao estrangeiro desde o início do ano, embora tenha participado na cimeira da União Africana que decorreu em Adis Abeba (Etiópia) e na semana do Ambiente em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
O chefe de Estado angolano iniciou o ano no Brasil, onde assistiu à tomada de posse do seu homólogo, Lula da Silva, que é esperado em Luanda ainda neste semestre.
Angola recebeu também várias visitas de alto nível desde janeiro, primeiro com o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, em janeiro, mês também escolhido para as deslocações dos chefes da diplomacia chinês, Qi Gang, e russo, Serguei Lavrov.
Em fevereiro, foi a vez dos reis de Espanha chegarem ao país, na sua primeira visita à África subsaariana, e, na semana passada, Angola foi uma das etapas do périplo africano do Presidente francês, Emmanuel Macron.
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