"Não devemos subestimar a Rússia", disse Jens Stoltenberg, pouco antes de entrar para uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), organizada pela presidência sueca do Conselho da UE.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acrescentou que a Federação Russa "está a utilizar mais tropas, mais forças" do que no início da invasão, que começou há pouco mais de um ano: "O que [a Rússia] não tem em qualidade está a tentar compensar em quantidade."
Sobre a situação em Bakhmut, Jens Stoltenberg admitiu que não se pode "excluir que possa cair nos próximos dias".
Contudo, salientou o secretário-geral da NATO, é "importante realçar que isso não reflete, necessariamente, um ponto de viragem na guerra".
Em simultâneo, é necessário "continuar a apoiar a Ucrânia", acrescentou Stoltenberg, realçando que até hoje os países ocidentais apoiaram o país em 150 mil milhões de euros -- 65 mil milhões de euros deste total em apoio militar.
A prioridade, completou o representante, é "aumentar a produção de munições".
Os jornalistas presentes em Estocolmo, onde decorre a reunião ministerial, insistiram em questionar Stoltenberg sobre a notícia de terça-feira do diário norte-americano The New York Times sobre um relatório preliminar que sugere que a sabotagem do gasoduto Nord Stream 2, em setembro de 2022, foi feita por uma organização pró-ucraniana.
Sobre isto, o secretário-geral da NATO repetiu o mesmo que disse na terça-feira, quando foi confrontado com a notícia depois de um encontro com o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson.
Segundo Jens Stoltenberg é necessário aguardar pelo fim das investigações ao incidente e é igualmente importante reforçar as infraestruturas críticas europeias.
[Notícia atualizada às 12h47]
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