O procurador da cidade de Newport News, no estado norte-americano da Virgínia, adiantou, esta quarta-feira, que não vai apresentar queixa contra o menino de seis anos que disparou sobre a sua professora primária. A mulher ficou ferida no peito na sequência do ataque, no passado mês de janeiro, reporta a NBC News.
Porém, o procurador ainda não decidiu sobre se algum adulto associado ao caso pode ser considerado criminalmente responsável pelo sucedido.
Em entrevista à NBC News, o advogado da Newport News Commonwealth, Howard Gwynn, disse que a "perspetiva de uma criança de seis anos poder ser julgada é problemática", dado que uma criança tão jovem não teria capacidade para compreender o sistema legal e o que significa uma acusação, entre outras questões.
Isto apesar de, ao abrigo da lei da Virgínia, uma criança de seis anos poder, efetivamente, ser acusada do ponto de vista criminal.
Porém, Gwynn explicou que não acredita que exista uma base legal para acusar a criança neste caso em concreto e que o seu gabinete, após receber o caso em fevereiro, por parte da polícia de Newport News, tem vindo a basear-se noutros casos semelhantes para a tomada de decisão.
"O nosso objetivo não é apenas fazer algo o mais rapidamente possível", explicou o advogado, que acrescentou: "Uma vez analisados todos os factos, iremos acusar qualquer pessoa ou pessoas que acreditamos poder provar, para além de uma dúvida razoável, terem cometido um crime".
O tiroteio de 6 de janeiro, que ocorreu na Richneck Elementary School, em Newport News, originou um potencial processo judicial que se espera que seja instaurado em nome da professora, Abigail Zwerner, e que resulte no despedimento do administrador da escola e de um diretor assistente, e na instalação de detetores de metais no estabelecimento de ensino.
Nesse dia, a docente Abigail Zwerner ficou com um ferimento de bala no peito e ainda com ferimentos numa das mãos, após ter já alertado para vários comportamentos preocupantes da referida criança - incluindo ameaças do aluno de que pretendia pegar-lhe fogo e vê-la morrer, segundo reportado anteriormente pelo Washington Post.
[Notícia atualizada às 09h17]
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