A marcha de protesto foi promovida pelo grupo pró-refugiados Rete (Rede) Asilo e contou com a presença de representantes de dezenas de associações, de partidos políticos, de sindicatos e de movimentos cívicos.
Os manifestantes seguiam atrás de uma cruz feita de madeira do barco naufragado, que se partiu no mar agitado da costa da Calábria, ao largo de Cutro, com quase duas centenas de migrantes a bordo.
O protesto, que reuniu pessoas vindas de todo o centro e sul da Itália e também de algumas regiões do norte, começou à entrada de Cutro e terminou à beira-mar onde hoje foi encontrado mais um cadáver, o 73.º, de uma menina de seis anos.
Os jornalistas que cobriam a marcha usavam um passe que reproduzia o de uma colega afegã que morreu no desastre.
Entre os participantes estava um destacado ativista da integração migrante e presidente de Câmara da cidade calabresa de Riace, Mimmo Lucano, que enfrenta pena de prisão por violar as normas de imigração.
"Às vezes tenho vergonha de ser ocidental", disse aos jornalistas.
Sobreviveram 80 pessoas ao naufrágio e as autoridades acreditam que cerca de 30 pessoas ainda estão desaparecidas.
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