O chefe do Departamento de Combate a Crimes Cometidos em Condições de Conflito Armado da Procuradoria-Geral da República da Ucrânia, Yuriy Belousov, acusou a Rússia de ter cometido mais de 71 mil crimes de guerra no último ano, na Ucrânia.
"Até esta manhã [terça-feira], foram registados 71.147 crimes de guerra no último ano", disse Belousov, esta terça-feira, numa conferência de imprensa.
Os tribunais nacionais ucranianos já sentenciaram um total de 29 pessoas em casos relacionados com crimes de guerra, tendo um total de 105 pessoas sido levadas a tribunal.
"O maior número de crimes de guerra prende-se com a destruição de objetos civis de vários tipos. Por exemplo, demora muito tempo para inspecionar um hospital destruído e registar tudo adequadamente para que depois isso possa ser usado em tribunal. Usamos métodos modernos: drones, scanners 3D que fazem modelos 3D de edifícios destruídos. Isso permite-nos economizar tempo e aumentar a nossa eficiência", explicou, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Segundo dados do Gabinete do Procurador-Geral, durante o ano da invasão em grande escala, a Rússia terá destruído ou danificou mais de 81 mil objetos civis com ataques direcionados. Desses, contam-se mais de 62 mil edifícios residenciais, mais de 2.300 instituições educacionais e mais de 450 unidades de saúde.
A informação é divulgada no mesmo dia em que Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, anunciou a inclusão de mais dois países na coligação internacional que procura criar um tribunal especial para julgar a Rússia pelos alegados crimes de guerra cometidos em território ucraniano.
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