O influenciador e misógino declarado Andrew Tate perdeu, esta terça-feira, o recurso contra o prolongamento de 30 dias da pena de prisão que está a cumprir, na Roménia. O ex-kickboxer de 36 anos ficará detido até, pelo menos, 29 de março.
Este é o quarto recurso do youtuber britânico desde que foi detido a 29 de dezembro do ano passado, com o irmão, Tristan, de 34 anos, por suspeitas de tráfico humano, violação e associação criminosa para a prática de exploração sexual.
"Estamos desapontados com este resultado, uma vez que tínhamos esperança de ver o Andrew reunido com a sua família", disse um representante de Tate, citado pela Sky News.
Contudo, o responsável adiantou que a decisão será contestada dentro do período legal de 48 horas.
Recorde-se que este prolongamento da detenção de Tate foi determinado por um tribunal de Bucareste, a 21 de fevereiro. Na verdade, segundo o mesmo meio, documentos divulgados em janeiro justificavam a decisão com o alegado perigo de fuga dos irmãos.
Tristan, por seu turno, deverá ser presente a tribunal na quarta-feira.
O influenciador, que tem 5.3 milhões de seguidores no Twitter e foi banido de diversas redes sociais por expressar opiniões misóginas e discurso de ódio, estaria a viver na Roménia desde 2017. Desde 2021 que estaria a ser investigado, sendo que, em abril do ano passado, a sua residência foi alvo de buscas, resultando na apreensão de bens no valor de 3.25 milhões de libras (cerca de 3.683.005 euros).
De acordo com as autoridades, os irmãos enganariam as vítimas, fingindo ter sentimentos por elas. Estas eram, depois, sequestradas e alegadamente forçadas, através de violência, a prostituírem-se e a participarem em filmes pornográficos. Foram identificadas pelo menos seis vítimas. No entanto, Tate considerou que os procuradores romenos não têm qualquer provas contra ele, apontando que tudo não passa de uma conspiração política para o silenciar.
[Notícia atualizada às 16h16]
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