A Organização das Nações Unidas (ONU) está a fazer "todos os possíveis" para assegurar um acordo que permita a continuação da exportação de cereais a partir dos portos ucranianos no Mar Negro, revelou um porta-voz da entidade, aqui citado pela Reuters.
"O acordo prevê uma renovação na ordem dos 120 dias, mas, nas atuais circunstâncias, o secretário-geral da ONU e a sua equipa estão concentrados, em estreito contacto com todas as partes, em fazer todos os possíveis para assegurar a continuidade da iniciativa", afirmou o porta-voz Stephane Dujarric.
Recorde-se que a Rússia pretende renovar o acordo por apenas 60 dias antes do final desta semana - em vez dos 120 dias que estavam previstos. Entretanto, o Kremlin veio já esclarecer que não recebeu nenhuma resposta oficial das partes envolvidas à sua proposta.
"A nossa posição foi comunicada às partes e os representantes das Nações Unidas foram informados ontem", notou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Vershinin, segundo reportado pela agência noticiosa RIA.
A 'Iniciativa dos Cereais do Mar Negro' foi acordada pela primeira vez, entre Rússia e Ucrânia, em julho de 2022, na sequência das negociações medidas pela ONU e pela Turquia. Em causa está uma medida que surgiu com o intuito de evitar uma escassez alimentar global e, também, de estabilizar o preço destes bens a nível internacional.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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