O Ministério da Defesa russo rejeitou, esta terça-feira, que um caça russo Su-27 tenha atingido um drone norte-americano no Mar Negro. Ao invés, o organismo apontou que o drone MQ-9 estava a ser pilotado de forma "brusca", razão pela qual acabou por se descontrolar e cair.
"Como resultado de manobras bruscas, por volta das 9h30, horário de Moscovo, o veículo aéreo não tripulado MQ-9 ficou descontrolado com a perda de altitude e colidiu com a superfície da água", disse o Ministério, citado pela agência TASS.
A entidade assegurou ainda que "os caças russos não usaram armas, não entraram em contato contato com o veículo aéreo não tripulado e regressaram segurança à base do aeródromo".
O mesmo meio adiantou que o drone estaria a voar os transponders desligados, "em violação dos limites da área do regime temporário de uso do espaço aéreo, estabelecido com a finalidade de conduzir uma operação militar especial", na região da Crimeia.
Contudo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, deu a conhecer aos homólogos russos as suas preocupações, classificando o incidente como "inseguro e pouco profissional".
De acordo com a agência AFP, a Força Aérea norte-americana revelou que o caça russo cortou a hélice do drone, o que forçou os Estados Unidos a abater a aeronave sobre o Mar Negro.
Além disso, segundo informação avançada pela Sky News, dois aviões russos Su-27 tinham já tentado intercetar o drone norte-americano MQ-9, tendo despejado combustível à sua frente já por várias vezes antes do embate.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram, pelo menos, 8.231 civis desde o início da guerra, que provocou também 13.734 feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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