"Estes são territórios russos e, mesmo que a guerra não tivesse começado, são territórios historicamente russos", disse em entrevista à agência oficial de notícias russa RIA Novosti durante a sua visita oficial à Rússia.
O Presidente da Síria referiu que o seu regime reconheceu as regiões de Lugansk e Donetsk no leste da Ucrânia, e Kherson e Zaporizhia no sul e sudeste, respetivamente, antes mesmo de "se juntarem" à Rússia.
"Porque lá foram realizados referendos, cujos resultados foram anunciados, e nós reconhecemo-los", disse o chefe de Estado sírio, acrescentando que a posição da Síria sobre o assunto "é clara e firme" não apenas em nome da amizade com a Rússia, "mas também porque esses territórios são russos".
Na opinião de Al-Assad, haverá mais paz e segurança no mundo após a vitória da Rússia na Ucrânia.
"Esta guerra em particular começará a mudar o equilíbrio mundial, pois parte do que a Síria, o Iraque e muitos outros países sofreram é resultado de um mundo unipolar. Quando a Federação Russa vencer esta guerra, como deseja a maioria dos sírios, surgirá um mundo novo, mais seguro e mais pacífico", disse.
Essa visão do conflito, segundo Al-Assad, é uma das razões pelas quais o povo sírio "passou a apoiar a Rússia, e outra é a solidariedade que a Rússia tem mostrado à Síria na sua luta contra o terrorismo".
Segundo o Presidente sírio, não há oficialmente combatentes do seu país lutando ao lado da Rússia na guerra da Ucrânia, mas pode haver extraoficialmente.
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