"Seguiremos dando todo o apoio para retomar a paz e proteger a democracia no Rio Grande do Norte. Desde terça-feira, estamos acompanhando e auxiliando o governo do Rio Grande do Norte no combate aos atentados criminosos", escreveu o chefe de Estado do Brasil na rede social Twitter, revelando que falou este domingo, por telefone, com a governadora estadual, Fátima Bezerra, para estudar medidas de reforço da segurança na região.
Desde o dia 14 - quando uma organização conhecida como "Sindicato do Crime" lançou uma ofensiva para pressionar por benefícios para os seus líderes que estão presos - houve 273 ataques, incluindo incêndios em autocarros e edifícios, tiroteios e atos de vandalismo, em 48 municípios deste estado do nordeste do Brasil.
Lula da Silva referiu ainda que a governadora Fátima Bezerra está a fazer "um grande trabalho" para travar a atual crise no estado do nordeste brasileiro e que o ministro da Justiça, Flávio Dino, irá na segunda-feira ao Rio Grande do Norte para coordenar o apoio oferecido pela Força Nacional de Segurança Pública, traduzido no envio de 500 agentes para aquele estado.
O anúncio do Presidente brasileiro surgiu poucas horas depois de o grupo criminoso ter incendiado a estação da Boa Esperança, em Parnamirim, uma das cidades da área metropolitana de Natal, com recurso a engenhos explosivos.
No sábado à noite uma carrinha foi também incendiada em Parnamirim, além de um autocarro escolar em São Pedro. A Brigada de Minas e Armadilhas da Polícia Militar teve também de desativar um engenho explosivo abandonado em frente a um estádio em Ponta Negra, um município do interior do estado.
Na sexta-feira à noite, um guarda prisional foi morto e três casas foram incendiadas.
Os ataques continuaram hoje, embora o secretariado regional de Segurança Pública afirme que caíram 85%, de 104 nas primeiras horas da manhã do dia 14 para apenas 15 no sábado.
De acordo com o último balanço do secretariado regional de Segurança Pública, 117 suspeitos foram detidos desde o início dos ataques, tendo sido apreendidas 34 armas e 98 engenhos explosivos.
Os ataques são alegadamente uma resposta ao recente endurecimento das políticas públicas de combate ao crime e às más condições do sistema penitenciário.
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