"Os agentes da autoridade, através da Estrutura Nacional Conjunta de Operações e Inteligência (NATJOINTS) prenderam, nas últimas 12 horas, 87 manifestantes em todo o país por crimes relacionados com violência pública", referiu a polícia sul-africana (SAPS), em comunicado.
"Dos 87, 41 foram presos em Gauteng, 29 em North West, 15 no Free State. Também há detenções em outras províncias, como Mpumalanga e Cabo Oriental, a atualizar quando as informações estiverem disponíveis", adiantou.
As autoridades sul-africanas salientaram que "pelo menos 24.300 pneus" - regularmente utilizados como combustível em protestos violentos no país - foram confiscados em todo o país pelas autoridades policiais.
"Eram pneus colocados estrategicamente para atos de criminalidade", sublinhou o Natjoints, acrescentando que "6.000 foram apreendidos no Cabo Ocidental, 4.500 no Free State, 3.600 em Gauteng, 1.513 no Cabo Oriental e mais alguns em outras províncias".
A África do Sul encontra-se desde sexta-feira em estado alerta máximo devido aos protestos anunciados para o dia hoje pelo partido de oposição EFF contra os "cortes de eletricidade regulares" e uma economia em "colapso", pedindo ainda a renúncia do Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994 no país.
Pelo menos 3.400 militares do exército sul-africano (SANDF, na sigla em inglês) foram destacados desde domingo para apoiar a Polícia no controlo dos protestos de hoje convocados pelo político de esquerda radical, Julius Malema, que foi líder da Juventude do ANC governante entre 2008 e 2012.
Alguns partidos de oposição, empresas e grupos privados de transportes públicos coletivos rejeitaram a adesão à ação de protesto.
A concessionária de eletricidade sul-africana Eskom, cancelou os cortes regulares de eletricidade para o dia hoje.
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