A Casa Branca exortou na segunda-feira, em declarações aos repórteres, o presidente chinês, Xi Jinping, a aproveitar a sua visita a Moscovo para dizer ao homólogo russo, Vladimir Putin, para respeitar a soberania da Ucrânia e para colocar um fim ao conflito, reporta a Reuters.
O pedido foi feito por John Kirby, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, que explicou que os Estados Unidos estão preocupados com a possibilidade do chefe de Estado chinês optar por reiterar os apelos para um cessar-fogo que deixaria, ainda assim, as forças russas dentro do território soberano da Ucrânia.
"Encorajamos o presidente Xi Jinping a pressionar o presidente Putin diretamente sobre a necessidade de respeitar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. O mundo e os vizinhos da China estarão certamente atentos", considerou John Kirby, em declarações aos jornalistas.
Na ótica da mesma fonte, Xi Jinping e Putin parecem estar, de momento, conectados por via de uma "casamento de conveniência" e não de afeto. E acrescentou: "Estes são dois países que há muito estão irritados com a liderança dos Estados Unidos em todo o mundo".
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca defendeu, assim, que o presidente chinês devia ainda ter a iniciativa de falar com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre os impactos reais da guerra na Ucrânia.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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