"Tento manter-me positiva". Professora alvejada por aluno quebra silêncio
A jovem, de 25 anos, ficou gravemente ferida depois de uma criança lhe ter apontado uma arma e disparado, no estado norte-americano da Virgínia.
© Abigail Zwerner/ Facebook
Mundo EUA
A professora que foi alvejada por um aluno de seis anos numa escola primária em Newport News, no estado norte-americano de Virgínia, 'quebrou' o silêncio.
"Alguns dias não são assim tão bons dias, e não consigo levantar-me da cama. Outros dias são melhores, e consigo levantar-me e ir às consultas", explicou Abigail Zwerner, cerca de dois meses e meio depois de ser atingida, numa entrevista à NBC News.
A jovem, de 25 anos, ficou gravemente ferida, e, de acordo com o que contou à imprensa, já foi submetida a quatro cirurgias, a última das quais na mão esquerda, em que um dos ossos ficou afetado. Também a zona dos pulmões ficou perturbada e os médicos tiveram de introduzir, numa outra cirurgia, um dreno torácico.
"Por tudo aquilo que passei, tento manter-me positiva. Tento ver aonde o futuro me leva", referiu.
A docente foi alvejada por um aluno do 1.º ano na sala de aula. Segundo as autoridades contaram na altura, a criança "pegou na arma, apontou e disparou". As autoridades acrescentaram também que apesar de já ter sido atingida na mão acima referida, e na parte superior do peito, a docente conseguiu retirar da sala todos os estudantes, mantendo-os em segurança.
"A fisioterapia não é a apenas exaustiva fisicamente, como também mentalmente. É suposto mover os dedos de hora a hora", referiu a entrevistada, acrescentando que deve sempre "movê-los para fazer o sangue fluir".
Zwerner estará a pensar em avançar com um processo, de acordo com o que a advogada que a representa explicou ao mesmo meio de comunicação. "Posso dizer-vos que houve falhas a vários níveis neste caso, e havia adultos que poderiam ter evitado esta tragédia e não o fizeram", garantiu Diane Toscano. Segundo a responsável, a criança, que não foi identificada, tinha um padrão de interações problemáticas tanto com outros estudantes, como com adultos em ambiente escolar.
Já a família referiu, em comunicado depois do acidente, que a arma estava num sírio "seguro" e que sempre foram responsáveis no manuseamento.
A publicação norte-americana recorda ainda que, de acordo com registos escolares, antes de alvejar a professora, a criança partiu-lhe o telemóvel. A escola suspendeu o aluno e, no dia seguinte, este levou a arma para a escola.
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