De acordo com as alfândegas chinesas, as compras da China à Rússia fixaram-se, em média, em quase dois milhões de barris por dia. No total, as importações de crude russo pela China ascenderam a 84,61 mil milhões de dólares (78,58 mil milhões de euros). O preço médio por barril fixou-se em cerca de 73,62 dólares (68,38 euros), uma queda de 11,71%, face ao mesmo período do ano anterior.
A Rússia superou assim a Arábia Saudita, nos primeiros dois meses de 2023, para se tornar no maior fornecedor de petróleo bruto da China.
Nos primeiros dois meses deste ano, a China importou cerca de 1,73 milhões de barris por dia da Arábia Saudita, uma queda de 4,7%, em termos homólogos. No entanto, o preço médio por barril aumentou em quase 4%, face ao ano anterior.
A China pode comprar energia à Rússia sem entrar em conflito com as sanções impostas pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Pequim está a intensificar as compras, para aproveitar os descontos russos. Isto causa fricções com Washington e países aliados, ao aumentar o fluxo de caixa de Moscovo e limitar o impacto das sanções.
O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, de visita a Moscovo, que a Rússia está em condições de satisfazer as crescentes necessidades energéticas da China.
"As empresas russas são capazes de satisfazer a crescente procura de energia da China", disse Putin a Xi durante as conversações entre as duas delegações oficiais no Kremlin, segundo a agência francesa AFP.
A China difunde os dados relativos a janeiro e fevereiro em conjunto, já que a data do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, cujo feriado se prolonga por uma semana, calha em datas diferentes todos os anos, nos dois primeiros meses do ano. Aquele feriado causa uma interrupção da atividade económica, o que se reflete nas comparações homólogas.
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