"EUA estão a enfeitiçar a Europa, até que seja incapaz de se mover"

O antigo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, considerou ainda que os Estados Unidos estão a tentar causar à Rússia "o máximo de danos possível" e que "são inimigos".

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Notícias ao Minuto
23/03/2023 09:44 ‧ 23/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Dmitry Medvedev

O antigo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, acusou os Estados Unidos de serem um país hostil, esta quinta-feira, descrevendo que procuram causar o máximo de danos possível à Rússia.

"Eles [os EUA] são nossos rivais e hoje - vamos ser francos - são nossos inimigos. Os Estados Unidos da América são nossos inimigos", apontou Medvedev, em declarações à Tass.

No entanto, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia ainda apontou que, ao contrário das nações da União Europeia, os EUA mantêm "uma postura consistente".

"Tentam causar-nos o máximo de danos possível e, quando possível, destruir o nosso país e colocar a Europa sob um feitiço até que seja incapaz de se mover", sublinhou.

Na ótica de Medvedev, o que não dá para entender "é a posição dos líderes europeus que são incapazes de tomar decisões que beneficiem os europeus". "Todas as suas decisões beneficiam certos grupos políticos rivais ou os norte-americanos", acrescentou.

As nações europeias "já não são sujeitos independentes da lei internacional e tornaram-se simplesmente uma fonte financeira ['cash cow'] para os Estados Unidos, às custas dos seus contribuintes", frisou, terminando a dizer que estão a fazê-lo apenas por "estupidez e covardia".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Detenção de Putin no estrangeiro? Seria "declaração de guerra" à Rússia

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