Ucrânia. Governo belga pede a Pretória que ajude a abrir caminho de paz
A ministra Federal dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Hadja Lahbib, pediu hoje, em Pretória, que a África do Sul use os seus "fortes laços históricos" com Moscovo para abrir um caminho de paz para a Ucrânia.
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Mundo Ucrânia
"Tendo em conta os seus fortes laços históricos com a Rússia, ficaríamos muito satisfeitos se considerasse utilizar os seus canais de comunicação para assistir na abertura de um caminho para a paz com base nos princípios do Direito internacional", referiu aos jornalistas na capital sul-africana.
A chefe da diplomacia belga falava em conferência de imprensa conjunta com o Rei Filipe e o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, no início da primeira visita de Estado dos reis da Bélgica, Filipe e Matilde, à África do Sul.
A ministra Hadja Lahbib adiantou que a situação de guerra na Ucrânia "é a principal questão de política externa para a Europa e provavelmente permanecerá pelo próximo mês".
"Estamos totalmente empenhados em ajudar a Ucrânia a defender-se, vemos isso como essencial para defender a segurança europeia, mas também o princípio da Carta da ONU, mas entendemos a escolha da África do Sul de permanecer alinhada no conflito que é distante para os seus cidadãos, mas sempre olhámos para a África do Sul como um parceiro chave pela paz e pela defesa dos Direitos Humanos e dos princípios internacionais básicos", referiu.
Sobre os conflitos armados no continente, a governante belga destacou a "extensa contribuição" da África do Sul nos esforços de paz e segurança na Etiópia, Moçambique e na República Democrática do Congo (RDCongo, antigo Congo Belga).
"A contribuição de tropas sul-africanas em iniciativas regionais é muito particularmente apreciada", salientou.
"Na RDCongo, estamos muito preocupados com a situação no leste [do país] e com o risco de maior instabilidade regional, e é por isso que estamos a pressionar a União Europeia a fazer mais com iniciativas concertadas, especialmente no campo das reformas do setor de segurança", adiantou.
Hadja Lahbib considerou o processo democrático no âmbito das próximas eleições na RDCongo como "realmente desafiador", tendo em conta a situação de insegurança no leste do país.
A Bélgica, que é um dos principais fabricantes de munições militares na Europa, participa nos esforços da União Europeia (UE) no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, região norte do país lusófono vizinho, Moçambique, onde a África do Sul lidera uma força militar regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com o apoio do Ruanda.
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