Pentágono quer prontidão face eventual confronto com China e reforço
O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) defendeu que as Forças Armadas devem estar preparadas para um possível confronto com a China, pressionando o Congresso a aprovar um orçamento com um aumento de 40% em relação a 2022.
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Mundo EUA/China
"Este é um orçamento orientado para a estratégia -- e impulsionado pela seriedade da nossa concorrência estratégica com a República Popular da China", disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, num depoimento perante o subcomité de Defesa da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), onde foi pedir a aprovação do orçamento de 842 mil milhões de dólares (cerca de 775 mil milhões de euros).
Austin justificou as linhas do orçamento, com um aumento de 40% em relação ao ano anterior, enumerando uma forte aposta em novas tecnologias, como armas hipersónicas, para desenvolver capacidades militares no Pacífico e defender os países aliados.
O depoimento de Austin no Congresso ocorre logo após a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, onde este se disponibilizou para estreitar relações com a Rússia, em plena guerra na Ucrânia.
Para o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, as ações da China "estão a conduzir este país para o caminho do confronto e potencial conflito com os seus vizinhos e possivelmente com os Estados Unidos".
Na mesma sessão no subcomité, Milley admitiu que o orçamento agora proposto pelo Pentágono "é extraordinariamente caro, mas não é tão caro como travar uma guerra", defendendo que os gastos previstos podem "prevenir um possível conflito com a China".
Austin corroborou as preocupações dos chefes militares, dizendo que a crescente aliança entre China e Rússia, duas potências nucleares, são preocupantes.
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