O comandante do exército da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, avisou que as suas forças iam dar início, "muito em breve", à sua contraofensiva contra a campanha de inverno das tropas russas no terreno de batalha, reporta a Reuters.
A mesma fonte explicou, ainda, que os combatentes do grupo mercenário russo Wagner, que combatem na linha da frente nas zonas este e sul da Ucrânia, "estão a perder força" e a "ficar sem energia".
E acrescentou, com base nessa premissa e recordando as terras que foram reconquistadas pelos ucranianos no contexto da contraofensiva do final do ano passado: "Muito em breve, vamos tirar partido desta oportunidade, tal como fizemos no passado perto de Kyiv, Kharkiv, Balakliia e Kupiansk".
Não houve ainda reação por parte de Moscovo acerca das sugestões que apontam para que as forças russas em Bakhmut estejam a perder força, ainda que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tenha alertado recentemente para a possibilidade de ocorrência de uma contraofensiva ucraniana.
Ainda assim, as Forças Armadas da Ucrânia, no seu mais recente relatório, apontaram que o "inimigo não terminou o seu assalto sobre Bakhmut" - o que aponta para as dificuldades ainda existentes nessa linha da frente de combate.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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