"Destruir infeção" ucraniana. Rússia não exclui avanço até Kyiv ou Lviv
O antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, mostrou que o país está disposto a ir até onde for preciso para conquistar os seus objetivos na Ucrânia.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
As forças russas poderão ter de avançar até cidades ucranianas como Kyiv ou Lviv para conquistar os seus objetivos no terreno de batalha, segundo o alerta recentemente feito pelo antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, em entrevista a uma agência noticiosa russa, reporta o Guardian.
"Nada pode ser excluído. Se tivermos de ir até Kyiv, então iremos até Kyiv. Se o mesmo for válido para Lviv, então iremos para Lviv para destruir esta infeção", disse o ex-chefe de Estado russo, aqui citado pela agência RIA Novosti.
Numa publicação na rede social Telegram, Dmitry Medvedev partilhou, ainda, excertos de alguns momentos recentes de entrevista, onde faz algumas observações acerca das sanções aplicadas pelas autoridades ocidentais à Rússia, na sequência da sua agressão na Ucrânia.
"Se algo semelhante tivesse acontecido no período soviético, seria muito difícil para nós, não é totalmente claro como iríamos lidar com a situação", reconheceu o ex-chefe de Estado russo, que acrescentou: "Mas agora nós criámos o nosso próprio setor agroalimentar, moderno e competitivo".
E notou, ainda: "Portanto, podemos alimentar-nos sozinhos. Estamos agora a alimentar os outros. Não recorremos a ninguém, recorrem a nós".
O ex-presidente da Rússia fez ainda algumas observações acerca dos valores de inflação no país, argumentando que os mesmos são, de momento, mais baixos do que em alguns países europeus. "Sintam a diferença. Começaram esta campanha, começaram a lutar contra nós, e agora a inflação está nos 15-20% em alguns países. Bem, é o que precisam", concluiu.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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