A Estónia expulsou um diplomata russo que trabalhava na embaixada moscovita em Talin, de acordo com as autoridades locais, citadas pela Sky News. Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros justifica a decisão com o facto de este funcionário russo ser, alegadamente, responsável pela "difusão de propaganda" a favor da ação militar russa na Ucrânia.
"O diplomata em questão esteve envolvido, direta e ativamente, em ações que prejudicam a segurança e ordem constitucional da Estónia, ao disseminar propaganda que justifica a ação militar russa e ao causar divisões na sociedade estónia", pode ler-se na declaração.
A mesma fonte explicou, ainda, que o diplomata tem ordens para abandonar o país até 29 de março.
Durante o último ano, são vários os casos de diplomatas russos em funções em países estrangeiros a serem expulsos das nações onde trabalhavam - e vice-versa -, em ações representativas do modo como o conflito no leste europeu tem contribuído para o asseverar das tensões entre Moscovo e o Ocidente.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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