Na reunião, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica - AIEA, Rafael Mariano Grossi, citado pela Associated Press, disse que a situação na central continua tensa por causa da forte presença militar em redor e que um apagão atingiu recentemente a instalação, algo que tem ocorrido desde que passou a ser dominado desde o ano passado pelas forças russas.
O chefe da agência atómica reuniu-se com Volodymyr Zelensky, na cidade de Zaporíjia, cerca de 50 quilómetros a nordeste da central nuclear com o mesmo nome, anunciando planos para visitar esta semana a central nuclear, pela segunda vez desde a invasão da Rússia há 13 meses.
A agência, sediada em Viena, tem funcionários permanentemente na central nuclear desde setembro.
Os seis reatores da central de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, estão desligados e recebem a eletricidade necessária para evitar o colapso do reator.
No início deste mês, foi interrompido o fornecimento de energia à central durante meio dia, obrigando os funcionários a ativar geradores de reserva, tendo Rafael Mariano Grossi expressado preocupação com esse desenvolvimento.
A AIEA, em janeiro, anunciou a colocação de equipas de especialistas nas quatro centrais nucleares da Ucrânia, para reduzir o risco de acidentes, incluindo a agora fechada central de Chernobyl, cujo acidente nuclear mortal em 1986 teve repercussões em grande parte da Europa.
Rafael Mariano Grossi enfatizou que a sua sétima viagem à Ucrânia demonstra o compromisso e apoio à Ucrânia, "pelo tempo que for necessário".
Também participaram da reunião outros funcionários da AIEA, o chefe do gabinete presidencial, Andriy Yermak, e o chefe da operadora nuclear Energoatom, Petro Kotin.
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